O objetivo desta análise é encontrar ativos da bolsa de valores brasileira que passem por critérios de avaliação rígidos e objetivos a fim de ser um investimento que proteja o principal e nos traga resultados satisfatórios no médio e longo prazo.
Lembrando que esta análise não é indicação de compra, muito menos sugere indicação de investimento. Ela apenas reflete o resultado de um estudo crítico da bolsa de valores frente aos princípios aprendidos até aqui e interpretação de critérios de avaliação de companhias listadas em bolsa.
O primeiro critério é encontrar ativos que estejam sendo negociados num preço 50% abaixo de seu topo histórico. POMO3 possui um topo histórico na faixa dos R$ 5,73 (linha branca superior do gráfico). Assim, se o preço estiver sendo negociado abaixo de R$ 2,86 (linha amarela do gráfico), cumpre com este primeiro critério.
O segundo critério é o VPA (Valor Patrimonial por Ação) e o LPA (Lucro por ação) positivos. E o ativo estar 50% ou mais abaixo de seu valor intrínseco (Margem de Segurança), porque uma ação não é uma “subvalorizada” verdadeiramente a menos que seu valor indicado seja, pelo menos, 50% superior ao preço. O cálculo do valor intrínseco: Raiz Quadrada de (22,5*VPA*LPA). POMO3 possui o seu VPA igual a 3,00 e o seu LPA igual a 0,43. Sendo assim, o valor intrínseco está fixado em R$ 5,57 (linha vermelha do gráfico). E para cumprimento da Margem de Segurança, se preço estiver sendo negociado a R$ 2,78 (linha verde do gráfico) ou abaixo, cumpre com este segundo critério.
O terceiro e quarto critérios são que o ativo deve ter P/VP (Preço por Valor Patrimonial por ação) menor que 1,50 e P/L (Preço por Lucro por ação) menor que 15,00. POMO3 possui P/VP igual a 0,82 e P/L igual a 5,36, cumprindo com estes critérios.
O quinto critério é que a companhia negociada em bolsa de valores tenha perenidade de 30 anos ou mais. A Marcopolo S. A. foi fundada em 1949, possuindo, portanto, 73 anos de idade, o que cumpre com o quinto critério.
O sexto critério é sobre qualidade contábil. A companhia deve possuir uma condição financeira suficientemente forte, ou seja, o ativo circulante deve ser maior do que o passivo circulante. Da mesma forma, o endividamento de longo prazo não deveria exceder os patrimônios líquidos circulantes (ou “capital de giro”). A Marcopolo S. A. cumpre com este critério, pois possui um ativo circulante de R$ 3.171.052.000,00 frente ao passivo circulante de R$ 1.718.308.000,00. Da mesma forma que o seu patrimônio líquido é de R$ 2.607.996.000,00 frente ao passivo não circulante de R$ 1.534.607.000,00 (Balanço Patrimonial do ano de 2020).
O sétimo critério é o histórico de dividendos: pagamentos consistentes durante, pelo menos os últimos vinte anos. As ações da Marcopolo S. A. cumprem com este sétimo critério, com a devida ressalva de que não houve pagamento de dividendos em 2013.
O oitavo, e último, critério é a estabilidade de lucros. A companhia deve ter algum lucro para as ações ordinárias em cada um dos dez anos passados. POMO3 apresentou lucro nos últimos 10 anos em sua receita líquida.
Em conclusão, POMO3 é um ativo barato, sendo negociado abaixo de seu valor intrínseco, com indicadores favoráveis e perenidade acima de 30 anos. É, também, um ativo que possui uma condição financeira suficientemente forte, com histórico de dividendos e estabilidade de lucros.
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