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Rumo vê nova safra de grãos do Brasil com otimismo e etanol de milho ganhando espaço nos trilhos

A safra de grãos do Brasil 2024/25 que está sendo plantada caminha para crescimento, o que pode colaborar para companhia de logística Rumo RAIL3 atingir um novo recorde de movimentação em 2025, afirmou nesta segunda-feira o diretor-presidente da empresa, Pedro Palma.

"Está se configurando uma safra muito forte de soja e certamente também será a de milho. Queremos fazer mais um ano de 2025 de recorde operacional dentro da companhia, estamos bastante otimistas", afirmou ele durante o AgroForum, realizado nesta segunda-feira pelo BTG Pactual.

"É um ano que estamos enxergando com bastante otimismo", acrescentou ele, sem detalhar os volumes esperados.

Em 2024, a safra de grãos e oleaginosas do Brasil registrou uma queda, por conta de problemas climáticos e fatores com a redução de área plantada do milho.

Após um atraso inicial pela seca na região central do Brasil, o plantio de soja na temporada 2024/25 deslanchou com a chegada das chuvas em Estados como Mato Grosso, e atingiu 54% da área projetada na última semana, sendo o segundo maior índice para esta época da história, afirmou a consultoria AgRural nesta segunda-feira.

A aceleração do plantio também traz um sinal positivo para a segunda safra de milho, a maior do país, plantada após colheita da soja, com impactos na produção total do Brasil em 2025.

Além do otimismo com a safra do ano que vem, Palma destacou que a Rumo vai estar focada também em 2025 na entrega do novo terminal de Mato Grosso, em Campo Verde, previsto para 2026.

O trecho vai fazer a ligação de importante região agrícola com o terminal ferroviário de Rondonópolis.

As cargas de grãos respondem por grande parte dos produtos transportados pela Rumo, que também está vendo um crescimento nas movimentações de etanol de milho, cuja produção tem sido crescente no país com a entrada em operação de novos projetos.

"A logística tem que ser inteligente e eficiente, quanto mais eu faço o fluxo casado, mais competitivo e melhor é. Então fazer um processo de grãos e fertilizantes de forma conjunta permite que a gente dê mais oportunidades de acesso a um custo mais competitivo", disse ele, acrescentando que isso permite também que outras cargas possam ser transportadas.

"As volumetrias de soja, milho e farelo são as que viabilizam a colocação de uma via férrea, a extensão em Mato Grosso está sendo paga por essas commodities, mas quando coloca em funcionamento tem oportunidade para outras cargas."

Ele citou que o etanol de milho, por exemplo, um produto cujo foco é o mercado interno, já supera o total movimentado de combustíveis fósseis no trecho entre Paulínia (MT) e o interior do país.

"Tem uma necessidade de trânsito dessa carga do interior do Brasil muito forte, então hoje em dia o fluxo principal de combustível da Rumo não é mais derivado de petróleo saindo de Paulínia para abastecer as regiões produtoras agrícolas, como era no passado. Hoje o fluxo principal é o etanol de milho...", disse.

Segundo ele, diante da produção crescente de etanol em Mato Grosso, a Rumo é obrigada "em alguns momentos" a levar vagões vazios para o Mato Grosso para "capturar" essa demanda.

"Isso é possível porque tem uma ferrovia eficiente sendo operada, quanto mais cresce a ferrovia, mas espaço teremos para outras commodities que vão se beneficiar", disse ele.

Palma citou que isso pode ajudar a impulsionar o transporte ferroviário de farelos de milho (DDGs), algodão e cargas de carnes congeladas.

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